O caminho certo

Alice, doce Alice era uma menina linda e amável, loira de olhos azuis com bochechas coradas e corpo esbelto Alice era alvo de olhares dos homens onde passava mais sempre só conseguia enxergar com olhos de romance, o famoso José, um garoto popular desejado por todas garotas da escola. Por causa da beleza que os dois tinham não levou muito tempo para se conhecerem, se apaixonarem e se casarem. A história de amor dois levou muito pouco tempo, mais o casamento desgastado levou anos, mais aproximadamente 15 anos dormindo com uma pessoa que não amava mais. Alice já era uma mulher adulta, com duas filhas, um casamento pra aguentar e o emprego de professora que constantemente acarretava em voltas e mais voltas para casa estando com o corpo e a mente cansada e a alma cada vez mais estressada, sem vontade ou amor a vida. O casamento cada vez mais morto chegou ao óbito logo depois de Alice ser promovida e conseguir um emprego de supervisora numa famosa escola particular da cidade. Alice era forte, ou pelo menos se imaginava, o fim do casamento, a briga com o ex-marido José pela guardas das filhas fizeram Alice mergulhar em uma piscina de sofrimento que a levaram a loucura. Com o novo emprego de supervisora perdido por ter que faltar muitos dias ao trabalho por causa do psiquiatra, do psicólogo e do terapeuta a vida de Alice chegou ao ponto de desmoronar, mais o fim chegou quando perdeu as guardas das filha. Era o fim. Tudo que ela tinha conquistado em quinze anos em poucos meses tinha perdido. Sem emprego não teve condições de continuar com sua casa e teve que vende-la e morar com a mãe. Imagine como é para uma mulher de 35 anos ter que morar com a mãe e se submeter as regras que ela tinha deixado na adolescência, hora pra voltar pra casa, horário pra comer, não sai com homens. Alice já era uma mulher mais além de tudo ainda perdeu a sua liberdade. Foi um ano de muito sofrimento. Um ano que se pareceu uma década mais passou.
Com 36 anos Alice conseguiu voltar para a rede pública de ensino, 40 horas semanais de muito trabalho mais a pós-graduação em Ensino especial para crianças com deficiência física ou psicológica deixavam Alice sem tempo algum para ela, mais ela estava feliz. Tinha conseguido de volta a independência e logo conseguiria a liberdade podendo sair da casa da mãe e morar sozinha. Agora morando em uma casa alugada, e guardando dinheiro para que na hora certa conseguisse novamente a guarda das filhas Alice já podia cuidar da sua vida amorosa e religiosa. Mudou de religião, saindo da Católica para a Evangélica, conheceu um homem bom e que depois se mudou para a casa dele e um tempo mais tarde voltou a morar sozinha mais sempre feliz, porque sabia que o pouco tempo que viveu com o novo namorado foi dez vezes mais feliz do que os quinze anos passados com José. Tinha sua vida de volta, com limitações e com perdas irreversíveis para era a sua vida e isso que importava. A ovelha perdida estava de volta pro caminho certo.
Na vida, podemos passar inúmeras dificuldades, e ter de batalhar muito para alcançar certos objetivos e, ainda assim, morrermos na praia.
Podemos deixarmo-nos consumir pelo trabalho, e perder noites de sono ou deixar de passar finais de semana com a família apenas por que temos extrema necessidade de conseguir recursos para mantermos uma vida digna, ou amargarmos um período obscuro de desemprego.
Podemos assistir a injustiça bater à nossa porta e perceber, infelizmente, que em algumas ocasiões não há absolutamente nada a fazer.
Podemos chorar com o coração partido a perda da pessoa amada ou de um ente querido.
Podemos, por tanta coisa negativa que aconteça, julgarmos que tudo sempre dar errado conosco e maldizermos nossa sorte.
Depois de tudo isto até podemos deixar passar pela cabeça a estúpida idéia de fazer uma grande besteira consigo mesmo, desde que seja exatamente assim: que tal ideia passe – e nunca mais volte, por que a Vida é Superação!
Nós não nascemos andando, não nascemos falando, nem pensando tanta bobagem - e o que não podemos em hipótese alguma é perdermos o ânimo, o espírito, e nossa capacidade de amar, de se superar e de viver!

A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.
Confúcio